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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Sangue Suor e "S"imento - Introdução

A pá

Não sei ao certo a quanto tempo ela faz parte de mim, mas eu sei que comecei muito jovem a ter responsabilidades. Um homem, era o que ele dizia que eu deveria ser, e ao seu ver, aquilo me transformava nisso. Pouco a pouco fui me acostumando com a idéia e assim, ela me serviu de pilastre.

Lembro que quando pequeno reclamava dos calos, mas aos poucos camada por camada, eles não representavam mais nada. A massa é firme com os que nela trabalham, não há misericórdia. Aos poucos o movimento vai fazendo parte da sua vida e manusear  instrumentos se torna cada vez mais mecânico. A areia, o cimento e a água, por tantas vezes os juntei por tantos anos não os compreendi, só fazia o que me era dado por obrigação, afinal eles não se misturavam sozinhos.

A besta

A besta se demonstra em todo o seu esplendor. Não há nada que possa livrar sua alma, nem que finja que a entende. Se necessário fosse, arrancaria seu coração para que não pulsasse longe de sua vontade, na realidade, ela domina tudo. Cabia dentro de um fuxico a última luz de vida dentro dela.  Ela era imóvel, continuava estável até ser destravada por algo inconstante, mesmo que fizesse parte de sua vida. Naquele lugar onde se fazia presente ninguém jamais a destronara, mas não por falta de vontade, é que mesmo sendo de uma maldade inócua, não havia nascido bondade suficiente que lhe corrompesse.
No mundo que a criara, havia rochas, árvores, animais, invernos, verões, embora nunca houvesse primavera. 


Ps.: Coloquei aqui pra ter o motivo para tentar continuar. Achei bem interessante principalmente porque foi uma ideia que me surgiu bem primitiva então quero lapidá-la. Ao amigo Thiago vou imitá-lo escrevendo textos não líricos. Mas a intenção ainda é a mesma, ver o interior daquilo que conhecemos como oco.

1 comentários:

Bruna disse...

Só uma coisa q esqci, este desafio foi lançado por mim e aceito por mim!

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