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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Indo embora

Embora seja fácil discernir
Vão-se os dedos ficam-se os aneis...
Ou será o contrário?
Não sei
Eu não vou aqui desobedecer
Nem sei que ordens recebi
Estou aqui sem nada na mão
Nem adeus eu sei sentir
Não sinto
Não ouço
Cordas no pescoço não podem me deter
Nem carvão pode me derreter
Artigos de jornal podem me ocultar
Não sei pra onde nem o lugar
Não tenho porque ir
Não tenho porque ficar
Sim eu posso ouvir
Aquilo que não me faz tremer
Não me tira do vazio
Nem me refaz
Quero acreditar 
Que nem sempre
Serei capaz
Aliás
Nunca fui
Nem sequer retribuí
Viver, mas sem querer
Comer, mas sem prazer
Olhar, sem meditar
Meditando sim
Naquilo que me faz
E não me traz
Ao lugar de onde eu vim
E me leva sempre
Pra onde não devo ir.

3 comentários:

thiago disse...

Aonde quer que eu vá, não vejo ninguém feliz com a própria vida, e o povo ainda acha que o mundo ta avançando...
Sei não viu.
Muito boa a poesia Bruna ^^

Bruna disse...

kkkk! Valeu, Tya!

Just Dream Valéria disse...

Adorei vou postar no meu face!

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